sexta-feira, 2 de março de 2012

Máscara de Sangue - Patrícia Quartarollo

"A Máscara de Sangue é o primeiro livro do filósofo Ragner Morais
desenvolvido e comercializado de forma independente. A obra foca na
história de uma máscara encontrada na Tailândia durante os anos atuais
mas que está diretamente ligada a Drácula – talvez o vampiro mais
famoso de todos os tempos.

É um livro que chamaria muito a atenção daqueles que gostam de
história de vampiro e ainda estão se iniciando no assunto já que é
escrito com uma linguagem fácil de compreender e organizado de uma
maneira clara. Para um livro de estréia, a temática é interessante e
os cenários mudam inusitadamente.

A trama gira em torno de Dionísio – um atleta-romântico-arqueólogo que
está atrás da máscara ainda que não tenha plena certeza de sua
existência. Há um toque de Indiana Jones aqui. Aliás, em todo o livro
se sente a influência cinematográfica do autor.

Dionísio tem uma namorada russa-modelo e que tem um outro trabalho
interessante que não vamos discutir para não tirarmos um detalhe da
história.

No começo da história, os capítulos dividem bem os momentos e sabe-se
que algo novo irá acontecer. À medida que a história progride, no
entanto, os capítulos passam a ser mais longos e muitas vezes misturam
as histórias que – nesse ponto – estão divididas em dois países. As
partes que se passam no Japão são mais longas que as demais e ficam um
tanto quanto desintegradas da história. Quando as questões filosóficas
surgem no texto, elas acabam englobadas em apenas uma porção do livro
– o que pode tornar essa parte maçante para aqueles que não apreciam
debates filosóficos.

Quando a história chega no clímax, Dionísio decidi ir para o Japão.
Essa questão não apenas atrasa a sensação de intensidade como nos leva
a questionar o heroísmo da personagem. Aos poucos compreende-se que
Dionísio não se achava pronto para lidar com os problemas que surgem.
Ele chora ao ser atacado pelo vampiro e se sente traído pelas
circunstâncias de sua namorada mas enquanto o mundo corre um risco
real de sofrimento, Dionísio viaja para o Japão para recarregar as
baterias.

Isso o torna real. Real demais para ser um herói pura e simplesmente.
Então, passei a ver Dionísio como o herói e, de certa forma, o
anti-herói. Isso muda um pouco a dinâmica mas não o desfecho da
história.

Senti falta, no entanto, de conhecer um pouco mais as
personagens...sua história, o que os trouxe até ali, traumas e etc. Em
nenhum momento, por exemplo, o livro explica porque a Rússia estava
atrás da máscara. Além disso, a namorada de Dionísio é a típica
personagem feminina. Bonita, sexy, adora perigo mas mais atrapalha do
que ajuda. Ela atira, não tenha dúvidas...mas também se deixa apanhar
pelo inimigo de uma maneira boba e precisa ser salva.
No entanto, isso não invalida o teor da história.

Em um mundo cercado de vampiros brilhantes e vegetarianos, vale a pena
procurar por histórias que se mantém fiéis ao que os vampiros
realmente representam: medo, terror e morte. E, nesse sentido, Máscara de Sangue não deixa a desejar."

Patrícia Quartarollo

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Máscara de Sangue - Henrique Ferreira

"Mascara de Sangue foi um dos pontos altos entre as leituras do ano. A riqueza de detalhes, a métrica arrojada e brilhantemente adotada contribuíram para que personagens ganhassem vida própria numa trama que prende sua atenção do primeiro ao último parágrafo. Um livro que permanece na memória muito tempo depois de ser lido".

Henrique Ferreira